sexta-feira, setembro 30, 2005

Vilanagem

Acharam escandalosa a reforma de Santana Lopes?

Então e o que acham destas declarações que recebi por mail?


Ainda têm coragem de pedir sacrificios !!!

APESAR de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o
socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante
as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado.

A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608
contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.

A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado -
técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» - apesar
de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do
Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.

A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro,
num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para
evitar a ruptura da Segurança Social. O dirigente socialista entrou para
os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos
passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o
serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze
dos quais a tempo inteiro.Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei
o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo
inteiro.

Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o pedido de reforma,
Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado
líquido de 4000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de
capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais,
Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de
saneamento da Costa do Estoril. O convite partiu do reeleito presidente
da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco
Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um
período de 18 meses.

A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos
do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para 2000
euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao
EXPRESSO Vasco Franco.

Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública
para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais
de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco
recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em
combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (????????), e cerca de
250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.

Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no
activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro,
motorista, secretária, assessores e telemóvel.

Autarquias e Desenvolvimento Sustentável

Foi finalmente lançado um livro sobre a Agenda 21, já aqui tinha feito um reparo sobre a ausência de documentação acerca desta matéria! Será que os blogs são um motor de consciencialização do estado?
Agora o desafio, é analisar a veracidade do conteúdo deste livro.

Informação conseguida via Sargaçal.

Fanatismo e um erro democrático

Relativamente à questão do referendo sobre a despenalização do aborto, segundo esta opinião contrária desta(do dia 29/09/05), observa-se a sede de democracia da primeira e a lucidez da segunda.
A decisão em assembleia pelos deputados eleitos pelo povo, conforme defende o PC, embora pouco democrática seria uma opção segura face à natureza delicada da questão.
Portanto, a posição democrática fica desprovida de garantias dos direitos dos cidadãos envolvidos num caso de interrupção da gravidez, isto porque não são garantidas as necessidades mínimas ou primárias a todos os cidadãos na nossa democracia.
Num sistema político-social baseado em princípios neo-humanistas, o salário mínimo dos cidadãos é regulado também pelo número de filhos dependentes. Na nossa democracia são atribuídos abonos mas os salários mínimos são miseráveis, não garantem sequer a satisfação das necessidades mínimas. Chega-se assim à insuficiência que a nossa democracia tem em oferecer uma dignidade mínima de vida ao comum dos cidadãos, logo não pode também garantir uma qualidade de vida digna a quem insurge numa gravidez ‘acidental’ ou não premeditada por motivos vários. Tendo em conta estas deficiências democráticas, acho justificável a decisão em assembleia, por garantir, por ausência de apoios e incapacidade da democracia para assistir a uma gravidez não programada ou insustentável, pelas capacidades financeiras ou sociais de um qualquer cidadão.
O referendo seria sem dúvida a mais correcta opção, de modo a avaliar a opinião dos cidadãos, se não se verificassem erros graves na democracia como os referidos anteriormente.
No actual quadro democrático, as opiniões influênciadas pelo fanatismo da doutrina religiosa, empobrecem a avaliação desta questão por uma parte da população que não mede meios para atingir fins. Mas aqui já entramos na questão da cegueira.
A ignorância da maioria, não vai proporcionar uma melhoria das condições sociais, irá manter o desrespeito dos direitos daqueles que são directamente afectados pelo flagelo, preservando o direito à vida mas acentuando situações de pobreza e risco de saúde. Preserva-se um direito ignorando vários. Isto é democrático?
Democrático seria ter consciência que todos os direitos deveriam ser garantidos, por implementação de medidas sociais de apoio, nesse caso o referendo quase deixaria de ter sentido, preservavam-se todos os direitos postos em causa e ponto final. Este é um trabalho para os homens da assembleia e do governo, que mais uma vez demonstram incapacidade de lidar com a situação da melhor maneira.

O resultado, provavelmente, vai ser mais um referendo daqui a uns poucos anos, até lá vão ser produto desta negligência, mais casos de miséria social resultantes do flagelo do aborto.

quarta-feira, setembro 28, 2005

A culpa é da Engenharia Genética

Depois de um dia de conferências, muitos colegas doutores encontram-se no Bar do hotel. E é aí que contam as suas últimas conquistas científicas...

O australiano começa:
- "Tivemos um fulano que foi atropelado e a única coisa intacta que tínhamos era o seu dedo mindinho. Pois, a nossa equipa conseguiu, pelo DNA, refazer a mão, um novo braço, um novo corpo! O paciente ficou tão capacitado que ao ter alta, tirou o emprego de cinco pessoas!"

- "Isso não é nada!" - Diz o americano. - "Nós tivemos o caso de um operário que caiu no reactor atómico de uma central nuclear! A única coisa que sobrou dele foi um cabelo. Pois pelo DNA dele conseguimos reconstituir completamente todo o seu corpo. Depois de ter alta, esse paciente mostrou-se tão eficiente que cinquenta pessoas perderam o emprego!"

O português pede a palavra:
- "O caso que vou contar é muito mais interessante:
Um dia em que eu estava a andar pelo hospital senti o cheiro de um peido. Imediatamente, eu o capturei num saco que levei até ao laboratório. Chamei minha equipe e começamos a trabalhar. Primeiro, a partir do peido, fizemos um ânus, em seguida reconstituímos o intestino, e depois, pouco a pouco, todo o corpo e por fim o cérebro. O projecto desta criatura foi chamado José Sócrates e está a ter um desempenho tão fantástico que milhares de pessoas vão perder o emprego!!!"

Hilariante!

terça-feira, setembro 27, 2005

Ecologia e construção, uma questão urgente. [Um texto do Professor Jacinto Rodrigues]

Este texto que descobri no blogue Boassas, constitui alguma informação acerca de um ponto de discussão de elevada importância.

Com a devida vénia ao blogger e também ao autor do texto:

ECOLOGIA E CONSTRUÇÃO, uma questão urgente

No actual modelo civilizacional, que tem o petróleo como principal fonte de energia, a construção de edifícios é a maior indústria responsável pelo esgotamento dos recursos naturais e é também a que provoca uma maior contaminação do planeta.

CONSTRUÇÃO versus POLUIÇÃO.
O esgotamento e a poluição resultantes do uso da água, a poluição resultante do uso do petróleo, a poluição de todos os resíduos resultantes da construção são responsáveis por muitas das poluições globais (efeito de estufa, mudança climática, chuvas ácidas, etc.).
O relatório Handbook of Sustainable Building, 1996, ed. James & James, London, refere que 40 por cento dos gastos de energia são utilizados na construção e 40 por cento da poluição resulta da indústria de construção. O consumo mundial da energia aparece assim distribuído: metade da energia é gasta na construção, nos transportes e na indústria.
A consciência ecológica parece ter acordado mais depressa no que diz respeito ao esgotamento e poluição resultantes da opção feita pelos transportes e pela indústria. Só raramente se colocam problemas ecológicos sobre a opção adoptada no tipo de construção. Assim, só muito recentemente surgiram programas europeus que apelam para uma mudança nos materiais, nos processos construtivos e no método de funcionamento (bioclima, gestão controlada e uso de energias renováveis). O programa francês HQE (Haute Qualité Ambientale - Alta Qualidade Ambiental) está essencialmente a ser usado nas construções públicas especialmente ligadas ao sector educacional.
Na Europa, é na Holanda que se verifica uma maior aplicação dum “método de preferência ambiental” e somente agora se avança com o projecto de lançar o programa Thermic, a desenvolver por toda a comunidade europeia, no que diz respeito aos métodos de construção, aos materiais utilizados e às opções energéticas na manutenção climática dos edifícios.

O CASO DE PORTUGAL
As opções construtivas em Portugal e, sobretudo a política energética defendida, colocam o nosso país numa situação calamitosa. Em muitos aspectos, Portugal tem as melhores condições para uma outra política energética, baseada em energias renováveis (vento, sol, hídrica, biomassa, etc.). Seria de todo o interesse o uso de materiais naturais e saudáveis, biodegradáveis, através de novas tecnologias de construção e processos ecológicos de funcionamento energético e de gestão bioclimática.
Começa agora a falar-se na necessidade de se empreenderem grandes mudanças na produção energética. O Ministério do Ambiente refere uma meta: 40 por cento de produção de energias renováveis no consumo para 2010. Contudo, há ainda que analisar a questão do esbanjamento energético e a problemática da utilização de materiais poluentes nas construções em Portugal. É assim urgente uma mudança no ensino da arquitectura e na formação profissional dos quadros ligados à construção civil e às indústrias dos materiais de construção, assim como uma renovação das estruturas empresariais. Aqui ficam as grandes linhas de intervenção de um programa estratégico essencial:
- As faculdades de arquitectura terão de iniciar um debate estratégico de desenvolvimento, elegendo outros “modelos” de arquitectura que não serão necessariamente os modelos hegemónicos. A crítica da crítica da arquitectura não se pode desenvolver a partir de aspectos formais. Interessam conceitos que permitam mostrar outras arquitecturas e outras cidades centradas numa perspectiva de desenvolvimento ecologicamente sustentado. Em vez do debate ficar centrado nos gestos estéticos formais, é preciso articular estética e ética e revelar uma forma de habitar diferente, ou seja, mais integrada na renovabilidade energética e na biodegradabilidade.
No fundo, a questão central do ensino da arquitectura e do urbanismo é substituir o modelo-máquina pelo modelo-ecossistema.
- Pontos de urbanização assentes numa malha policêntrica de pólos urbanos e de sistemas de produção energética descentralizados e renováveis: biodepuradoras; minicentrais multienergéticas (aplicação simultânea de eólicas, colectores solares, biogás, etc.)
- Renaturalização da actual paisagem urbana para que a bioclimatização seja realizável. Através de jardins biodepuradores, corredores verdes, bosques, hortas e agricultura biológica urbana articulados com a bioconstrução, desenvolver-se-ão os traços fundamentais do ecourbanismo. A escolha dos materiais de construção é importante. Em vez de betão ou cimento, em exclusividade, pode apostar-se na construção em madeira, cânhamo, aglomerados de bambu, etc.
- É também necessário complementar esta ecopólis com ecotransportes.
- Estas inovações na arquitectura têm que se inserir numa óptica geral de paisagem como bem público. Daí que os planos para um território devam ser pensados em termos de ecossistemas, para uma melhor distribuição e utilização das águas e das fontes de energias renováveis. O policentrismo urbano impõe-se ao desenvolvimento.
Através de um religar de conhecimentos, as universidades deveriam trabalhar no sentido de explicitar uma realidade ecoterritorial articulada com os conteúdos sociais e políticos do ecodesenvolvimento que impõe uma nova forma de pensar. Essa forma de pensar e a ecofilosofia, ou ecossofia, exigem novos comportamentos.

Jacinto Rodrigues
[Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto]
In revista “Pedra e Cal”, ano VI, n.º 25, Janeiro / Fevereiro / Março 2005

Comentário:
Este artigo, relata o problema da rentabilização energética e qualidade ambiental, apresentando tópicos de intervenção e despertando para a proximidade temporal de necessidades de inversão das actuais políticas de ordenamento territorial e urbanístico.

terça-feira, setembro 20, 2005

O que vai ser de Bush?

Vejam a razão da pergunta aqui.

Sem medo das renováveis

Na sequência deste post:

A energia eléctrica produzida a partir de recursos renováveis, é uma solução para a produção de hidrogénio tendo em vista a sua aplicação aos transportes. Trata-se de um ponto de partida importante para levar a cabo a implantação de uma tecnologia que representa o futuro dos transportes públicos e privados. Repare-se que além de erradicar a utilização do petróleo (já nos próximos 30 anos), permite também respeitar as metas do protocolo de Quioto visto não produzir quaisquer emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera. Portanto a energia eólica e a energia solar tal como a energia das ondas são fontes a explorar fortemente, sem receios de não solucionarem todos os nossos problemas, porque são na realidade as únicas alternativas que se conhecem e que não representam riscos como acontece com a fissão nuclear. Dentro de 2 décadas, teremos ainda, possívelmente, a tecnologia de fusão nuclear que virá completar o conjunto de energias limpas que utilizaremos no futuro.
A questão da optimização energética é também de elevada importância visto poder reduzir o consumo energético até 20%.
Na habitação, infelizmente, somos retrógados, construimos muito e mal, não há edifícios bioclimáticos em Portugal, o que existe na zona da Expo 98 é uma farsa. A construção de edifícios de raiz com características bioclimáticas, permite uma maior rentabilização energética partindo da autosuficiência em arrefecimento, aquecimento e energia eléctrica. Estes edifícios existem e não são mais caros que os convencionais tarolos que por cá se constróem.

Também publicado em Editorial

segunda-feira, setembro 19, 2005

Urgente!

Já que os OCS andaram demasiado ocupados durante o fim de semana, com o debate de idiotas e com a festa de aniversário da Caras de Pau e assim irão continuar durante os próximos dias, com o importantíssimo Esquadrão Estás-me a Incomodar Gaita, com as presendiciais que são só daqui a quatro meses e com outras banalidades rasas de elevada importância para a ignorância geral da nação....Aqui fica o ALERTA para uma das muitas catástrofes que fingimos não saber que existem!

A faina

Segundo esta posta de Sofocleto, Bush já faz render o peixe...

A igreja dos pastorinhos ou a ratoeira para os crentes?


Ontem durante a missa das 10, a porta interior da igreja dos pastorinhos em Alverca, caiu em cima de alguns dos praticantes que assistiam à missa. Pelos relatos de um familiar que se encontrava no local, o aparato era violento, sangue, pessoas debaixo da porta que vários indivíduos tentavam levantar sem sucesso, enfim...Várias ambulâncias apareceram logo no local.
Gostaria de tentar saber mais promenores, quais as causas de tal acidente, num edifício com apenas alguns meses de actividade, a quem serão atribuídas as responsabilidades, qual a dimensão dos danos humanos? Mas será que vai ser possível apurar informação sobre o acidente ocorrido na igreja!? Terá sido o segundo milagre, depois do primeiro ter sido a sua inauguração, segundo a paróquia?
Estou atento e até agora nada mais consegui saber...estou curiosíssimo.

Desde o início do projecto, que promoveu várias empresas da autarquia e até personalidades, que torço o nariz ao bloco de betão ali plantado. Foi abençoado desde o primeiro instante pela maioria da população, por ter o segundo maior carrilhão da Europa e o terceiro maior do mundo. Agora um acidente vem levantar dúvidas sobre a coesão do projecto e é preciso apurar responsabilidades. Se ninguém nada disser (que eu não acredito) hei-de falar e escrever até obter uma graça justificativa ou responsável.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Dia mundial para a preservação da camada de ozono

Não à fissão, sim às renováveis porque só mais tarde teremos fusão!


Um dos maiores accionistas individuais da Portugal Telecom (um abutre dos grandes), Patrick Monteiro de Barros, a 30 de Junho revelou a sua intenção de fazer um investimento de 3,5 milhões de euros na construção de uma central nuclear em Portugal, um reactor nuclear de terceira geração com uma potência de 1600 megawatts (Mw). Teve esta miserável ideia quando se começou a aperceber da subida permanente do petróleo e seus derivados.
Manuel Collares Pereira, investigador coordenador do INETI/ITE ( Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação/Instituto das Tecnologias Energéticas mostra-se pouco concordante com a implementação de um reactor de fissão em Portugal. Aponta também a tendência de outros países se mostrarem interessados em extinguir a tecnologia de fissão, à excepção da Finlândia. Segundo este especialista uma central nuclear não resolveria os problemas de dependência energética do petróleo. O nível de dependência situa-se nos 60 %, mas gastamos muito pouco petróleo na produção de energia eléctrica, que é a única coisa que uma central nuclear produz.
Tendo em conta que não nadamos em dinheiro, o investimento numa central nuclear está fora das nossas capacidades. Ainda mais tendo em conta que é menos dispendiosa a construção de centrais térmicas ou hidroeléctricas e até a maior parte das centrais alimentadas por renováveis. Não obstante, coloca-se o perigo ainda bem presente de acidente,inerente à tecnologia de fissão tal como a impossibilidade de tratamento de resíduos nucleares. No futuro, é bastante provável que as renováveis em conjunto com a tecnologia de fusão se apresentem como uma hipótese energética viável e não poluente.
A fusão nuclear é bem mais vantajosa que a fissão nuclear, na fusão utiliza-se o urânio 238 que é muito mais abundante na natureza que o urânio 235 utilizado na fissão.Nos reactores de fusão os resíduos são mantidos dentro do reactor e só as paredes deste ficam contaminadas por um período de 30 a 50 anos, nas centrais de fissão os lixos radioactivos demoram milhares de anos a perder a radioactividade e têm que ser armazenados constituíndo uma das suas maiores inviabilidades.
O primeiro reactor termonuclear de fusão nuclear, está a ser desenvolvido em França com a participação da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Rússia, China e Coreia do Sul.
O ITER ( Internacional Thermonuclear Experimental Reactor ) representa a globalização da ciência e tecnologia visto envolver a colaboração dos países mais desenvolvidos do mundo.
No passado foram já feitas experiências em laboratório, tendo-se conseguido reacções controladas de fusão com cerca de 16 Mw de potência de fusão com um rendimento de 60%. Estas experiências revelaram a possibilidade de se virem a atingir quantidades de energia da ordem dos 500 Mw em apenas 300 segundos, com um ganho positivo que pode ir de 500 a 1000 por cento. O director do Centro de Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico, Carlos Varandas, declarou à revista Água&Ambiente, « se o ITER tiver sucesso, o Homem passará à fase seguinte deste complexo processo, que consiste na construção de um reactor de demonstação. Esta experiência irá permitir transformar a energia produzida por reacções de fusão em energia eléctrica». Acrescentou ainda que, « Para além das vantagens inerentes à energia nuclear ( ser limpa e economicamente viável e vantajosa ), a fusão nuclear é segura e praticamente inesgotável. Segura porque não há transporte de elementos radioactivos fora do local do reactor à medida que são consumidos. Isto significa que em caso de avaria, as reacções podem ser quase instantaneamente paradas através da interrupção da admissão de combustível».
Esta tecnologia encontra-se em desenvolvimento e até que possa ser aplicada ao consumo pela sociedade, podem ainda decorrer algumas décadas. Apesar de se apresentar como uma solução de futuro, os decisores internacionais deverão centar as suas opções energéticas nas renováveis e não na tecnologia de fissão que poderá implicar a insustentabilidade de gestão dos resíduos que produz tal como apresenta um perigo de colapso, permanente.

Também editado em Editorial.

quinta-feira, setembro 15, 2005

!!!PARABÈNS DJUBA JHAIBA!!!

A minha querida amiga Djuba Jhaiba completa hoje 24 aninhos de idade.
A ela os meus parabéns e votos de uma longa e muito feliz existência.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Algures no Alentejo...

Um jovem entra numa mercearia e pergunta:
Ti Maria, tem chiclets?
Ao que a tia Maria responde:
Não, só tenho chiclates.

Manifs

O governo proibiu o protesto dos militares, que estava marcado para ontem entre o Marquês e o Parlamento, ou melhor, não proibiu, declarou ilegal. Como alternativa, os militares decidiram que serão as suas esposas, no próximo dia 21 a fazer o protesto no mesmo local e à mesma hora.
Além de tornarem ilegal o direito ao protesto por parte dos militares, autorizam mais uma manif da frente nacional, esses nazis de meia tigela que não entendo bem contra o que protestam, a não ser talvez contra a falta de ética e inteligência, que os elementos que aderem a este tipo de manifs apresentam.

terça-feira, setembro 13, 2005

Agradecimento

Como todos repararam pelo post anterior, o Laser de CO2 tem mais um membro.
Resolvi fazer o convite à minha amiga Djuba Jhaiba, para que o blogue ficasse mais completo, com mais vida, visto que o tempo dá para pouco de tudo aquilo que temos que fazer. Fica assim mais rico este espaço que até aqui avançou devagarinho. Estou confiante na maisvalia que representa a participação de Djuba, pela sua análise desprovida de sentimentos menos bons, com uma postura optimista pelos mais variados temas, ela será certamente uma garantia de boas leituras.
Sê bem vinda e obrigado pelo teu apoio!

Blogue fresquinho

Um novo projecto, da minha querida amiga Djuba Jhaiba. As questões ambientais são o fulcral tema, não deixando de acentuar também a cultura e os modos de vida alternativos e saudáveis, a visitar!

Prós e Contras de ontem, "Corrupção"

O debate foi de veras interessante, foram levantadas várias quetões cujas respostas e discussão das mesmas colocam em causa várias figuras políticas cá do burgo.
O representante das autarquias, em minha opinião deveria ter tido uma posição mais honesta relativamente ao que se passa pelo país fora ao nível das regiões. Em vez disso escondeu-se atrás de argumentos como: " encontro-me numa posição ingrata neste debate" e " não se pode generalizar". Logo por aqui são algo evidentes os problemas regionais, e a acrescentar o problema da não descentralização de poder, ficamos com um pau de dois bicos, revelador do relacionamento 'viciado' entre o poder central e as regiões.
Gostei acima de tudo da maneira aberta como todos os intervenientes falaram do ciclo fechado e impenetrável por parte da legislação, no que se refere à corrupção desde o autarca ou vereador de Câmara até aos lugares da Assembleia. Chegou a falar-se na revisão da legislação e a concluir-se que essa medida é inatingível, ao abrigo dos partidos e políticos que rularam nos últimos 30 anos.
Seriam úteis mais debates mediáticos sobre esta e outras questões, para que a população se resignasse de forma massiva contra a pouca vergonha de sistema político em que vivemos.

sábado, setembro 10, 2005

Eventos

Está a decorrer desde dia 7 de Setembro a Feira Vegetariana em Oeiras.

Um excelente cartaz no final do mês, na UTL com o regresso às aulas e mais uma fornada.

Existência

"Não há nenhum caminho, nenhum lugar para se ir,
nenhum conselheiro, nenhum professor, nenhum mestre.
Parece difícil, parece áspero, mas estou fazendo isso porque amo vocês e
as pessoas que não fizeram isso, não amaram vocês de jeito algum.
Eles amaram a eles mesmos e amaram ter uma grande multidão ao redor deles
– quanto maior a multidão, mais eles se sentiam nutridos em seus egos.
Eis porque chamei à própria iluminação de o último jogo.
Quanto mais cedo você abandoná-lo, melhor.
Porque não apenas simplesmente ser?
Porque desnecessariamente correr pra cá e pra lá?
Você é o que a existência quer que você seja.
Então relaxe."


Osho

quinta-feira, setembro 08, 2005

Portugal, senta! Portugal, deita! Good boy!

Depois do Katrina ter desarrumado de maneira violenta os EUA, não seguindo o exemplo de falta de humanismo da super potência, são vários os países que ofereceram ajuda às vítimas do furacão. Mas o contributo do governo Português, com 2% das reservas de petróleo nacionais, a título de empréstimo, de modo a ajudar a manter o monopólio do mercado por parte dos EUA, não me sai da cabeça. Se a produção parou e a ameaça de derrocada no controlo do mercado está à vista, o problema é do senhor Bush, ele que mande regressar as tropas que tem no Médio Oriente para repor o funcionamento dos pontos de extracção de crude. Mas como tem os seus cãezinhos amestrados espalhados por todo o planeta (incluindo vergonhosamente o nosso país) para o salvaguardarem duma abismal queda, não terá que se preocupar em recuar com a ocupação ilegal e a chacina. Não deveria a ONU encostar o ‘cowboy’ à parede enquanto pode?
Outro caso é a recusa da ajuda oferecida por Fidel, a recusa de um batalhão de médicos que deve ser muito mais urgente no momento que atravessam. E o que ainda mais me espanta é como foi capaz de recusar 1 milhão de barris de crude e mais um punhado de dólares colocados ao dispor pelo Sr. Chaves, só pode ser por não querer ficar em dívida com os seus inimigos, é óbvio.
Os países das Caraíbas, esses sim, tiveram visão, vão permitir entre sim o comércio do petróleo de forma acessível a todos.
O Brasil aumenta a produção de cana de açúcar, da qual já é o maior produtor mundial, assegura assim um futuro sem dependências energéticas através da produção de etanól, aplicável aos transportes em substituição da gasolina e do gasóleo.
Não menos bem, no Canadá apresentam-se pastilhas de hidrogénio que permitem uma autonomia para os automóveis preparados para consumir este combustível, de 500 Km.
Estes dois últimos exemplos, são a prova de que as alternativas existem e são aplicáveis. É agora altura de se seguirem estes exemplos por todo o planeta, além de se resolverem as questões ligadas à subida de preços do petróleo e da dependência energética a nível dos transportes, avistam-se também melhores condições para cumprir com o protocolo de Quioto. O comércio das emissões poderá já em 2012 afectar o nosso burgo com dispendiosas aquisições de licenças de emissão de CO2. É que em 1992 tinhamos ainda a possibilidade de continuar a emitir gases com efeitos de estufa até 2012, mas chegados a 2005 já nos encontramos em dívida, crescente, relativamente às metas do protocolo. Parece que não é um problema a resolver de imediato, deixe-se a bola de neve crescer até 2012 e depois cá estará o miserável ‘Zé’ para pagar a factura! Para já as prioridades são os empreendimentos em torno do betão. As carências energéticas a nível dos transportes, que são a principal causa de emissões, não parecem, tanto quanto me tenho apercebido, uma dor de cabeça para o governo. Fica mais uma vez o alerta, que nunca é demais enquanto nada for feito

quarta-feira, setembro 07, 2005

Os poucos ricos e os muitos pobres

Os 500 abutres mais ricos do mundo têm a mesma riqueza que os 416000000 desgraçados mais pobres. A proporção é aproximadamente de 1 para 1 milhão. Cada um dos mais pobres tem 0,0001% da riqueza de cada um dos abutres.

Visto isto, pode-se dizer que para que não houvesse pobres no mundo bastaria que não houvesse ricos.

Acrescente-se ainda que Portugal é provavelmente o país da União Europeia com maior desequilíbrio na distribuição de riqueza, equiparado aos EUA relativamente ao panorama global.