sexta-feira, janeiro 06, 2006

Puta de vida

Não tenho tempo, mas também não tenho paciência...E que se lixe o tempo que não tenho, porque tempo já tive e não soube aproveitá-lo, agora que o tempo pesa, o arrependimento de ter tomado certas decisões incomoda-me, incomoda-me também não ter vivido aquilo que hoje sei que queria ter vivido.
Tu e tu, vocês são a razão do meu arrependimento. Mas porquê arrepender-me de uma coisa que ainda estou a tempo de ser, se calhar talvez!? Eu queria ser o que não sou, mas isso implicaria que tudo o que sou hoje deixasse de ser. Um dilema, é o que já foi, embora quando o foi não o fosse, só agora me dou por ele. Tristeza de destino. Mas, piores há do que eu, enquanto me lamento afogado em tinto das crises que vivo por ser um traste que nunca soube o que queria na vida, outros há que não tiveram hipótese de escolha. Por isso mais vale não me lamentar. Mas será que devo agir, dar o rumo que sinto ser o mais certo à minha vida? E depois? O que já é a minha vida deixa de o ser! Será isto correcto?
Vomito aqui a minha mágoa e o meu descontentamento, distraíndo-me assim da loucura que desejo cometer.
Hei-de votar Alegre, hei-de viver uma vida melhor, vou mudar de novo, a mudança trás prejuízo e felicidade quando é acertada. Mas eu sei que o meu voto será acertado. Será-o também a mudança? E será que terei coragem para ela!? A mim não me parece, preciso de um sinal, um sinal pirata, ilegal e imoral mas que me trará felicidade, isso é certo. Passarei a dormir e a alimentar-me sem ser de álcool.
Espero que o céu não me caia em cima, mas se caír, se um dia tiver a coragem, que valha a pena.
Puta de vida, traidora dos ingénuos, tapas os olhos dos apaixonados, crias falsos amores e errados destinos.