sexta-feira, julho 29, 2005

Protesto

Ontem a sessão da assembleia foi assistida por centenas de funcionários públicos que se manifestaram contra o congelamento da progressão automática das carreiras dos funcionários públicos.
"Não aprovem o roubo" expresso em panos brancos e insultos verbais: "faxistas", "gatunos", "mentirosos".

Diz o governo que as progressões vão ficar dependentes do mérito do trabalhador. Ora, qualquer um identifica nesta informação mais uma mentira feia, é claro que ao aprovarem a infame medida, não haverá mesmo progressões a não ser para os sobrinhos e afilhados cães de fila do governo a quem será atribuído o tal mérito.

Entre os protestantes encontravam-se agentes da Associação Sindical da PSP e GNR, o governo bem ao estilo pidesco tratou de tentar identificar estes indivíduos para que fossem punidos. Será que os agentes não têm o direito de manifestarem indignação??

No final da sessão Sócrates disse:

"Não abandonaremos o nosso caminho, não nos intimidam nem a arruaça nem o insulto".

Disse ainda que:

"quando os portugueses deram uma maioria absoluta ao PS foi para que as coisas mudassem e não para que tudo ficasse na mesma"
Cá entre nós, melhor não me parece que vão ficar!

E acrescentou:

"Devemos investir mesmo quando faz mau tempo, precisamente para que venha o bom tempo"

Afirmou ainda que a sua prioridade de investimento público é "a qualificação das pessoas e a sua formação".
Esta última afirmação é demagógica, ou é só impressão minha? De que investimentos fala aquela besta, alguém sabe???
O ministro aceitou certamente como lúcidas as afirmações de Luís Fazenda sobre as áreas prioritárias de investimento, proferidas no dia anterior e aproveitou para se embandeirar com essa imagem mesmo sem ter feito até agora nada em concordância com essa linha de pensamento.
Mente com os dentes todos que tem na boca aquele desgraçado!

Exemplo triste

Coloquem aqui os vossos olhos e consciências e reflictam.

Emocionante demais para quem sofre do coração...

quinta-feira, julho 28, 2005

Recordação Importante

Sofocleto que escreve no blogue 'Um homem das cidades', comentou a posta anterior 'Haja Lucidez'. Decidi activar este comentário aqui e no Editorial.

Com o respectivo mérito ao autor:

Sofocleto said...:

"A 12 de Fevereiro de 2005 António José Seguro lembrou as responsabilidades de Sócrates na realização do Euro-2004: "Hoje, como no Euro-2004, houve um homem que lançou a semente, a semente de uma força que ninguém pode parar. Esse homem chama-se José Sócrates, futuro primeiro-ministro de Portugal", acentuou.

Na economia é que o impacto não foi tão bom como o esperado. Nas previsões apresentadas à evolução da economia portuguesa, o Banco de Portugal afirmou que o impacto do Euro2004 poderá «afectar negativamente as taxas de variação» da economia portuguesa em 2005. Os efeitos positivos do Euro foram apenas temporários.

E o dinheiro investido neste espectáculo de grande escala também não teve grande retorno. Quase seis meses depois do Euro 2004, alguns estádios onde foram investidos milhões de euros para receber a prova estão «às moscas». Dos recintos do Euro2004, só os dos «três grandes» tiveram sucesso comercial.

Numa auditoria desenvolvida pelo Tribunal de Contas junto dos estádios de Guimarães, Braga, Leiria, Coimbra, Aveiro, Loulé e Faro, ficou claro que todos custaram mais do que o orçamentado, e que as autarquias se endividaram para os próximos 20 anos. As sete autarquias que receberam jogos do Euro 2004 contraíram empréstimos bancários no valor global de 290 milhões de euros para financiar obras relacionadas com o campeonato. Na sequência destes empréstimos, as câmaras terão que pagar juros no montante de 69,1 milhões de euros, nos próximos 20 anos, refere o relatório de auditoria do Tribunal de Contas.

Se dez estádios, estruturantes, que custaram 800 milhões de Euros, valeram ao ministro-adjunto Sócrates a Grã-Cruz da Ordem do Infante, que tipo de galardão deveria ser aplicado ao primeiro-ministro Sócrates, pelo investimento de 17 mil milhões de euros, em obras tão ou mais estruturantes que as primeiras? "

Haja Lucidez

Luís Fazenda manifestou uma posição lúcida relativamente ao manifesto dos 13. Salientou a importância do investimento prioritário nas áreas da energia, qualificação e conhecimento, tal como a necessidade de se ultrapassar "o ciclo do betão". Não menosprezou a necessidade de algumas obras públicas na área dos transportes e logística.

Relativamente à necessidade de cumprirmos com as directivas europeias em matéria de transportes e acrescento comunicações, estou de acordo, mas não com projectos que ao se concretizarem colocam a carroça à frente dos bois.
Basta analisarmos a fraca actividade dos nossos portos marítimos, que são a mais importante infraestrutura logística no que diz respeito à participação do país no comércio internacional. O comboio de alta velocidade poderá encaixar-se como complemento terrestre de apoio à distribuição interior da Europa passando por Madrid. Mas só assim vejo algum sentido na realização da obra.
Quanto à OTA, não será a solução mais rentável para uma necessidade aparentemente inevitável. A remodulação da Portela ou utilização do aeródromo das OGMA em Alverca como suporte às incapacidades do aeroporto de Lisboa, parece-me uma solução promotora do desenvolvimento da zona suburbana e de um consequente progresso económico. Evitaria investimentos não suportáveis pela actual situação das contas públicas, que só trariam um maior retrocesso do nível de vida da população por consequência do aumento da despesa.

E as Autárquicas?

As presidenciais são só daqui a quase 6 meses, mas não se fala de outra coisa em todo lado. A causa é a ausência de personalidades possíveis candidatos à altura do desafio. Mas se não há líderes dignos do mais alto cargo, haverá candidatos para as autárquicas que se avizinham? Eu considero o poder das autarquias importante para o desenvolvimento das regiões, que são no seu conjunto a nação. Ponhamos então os olhos nos candidatos e deparemo-nos com Fátima, Avelino, Isaltino e por aí fora...Serão estes, candidatos à altura de alguma autarquia?
Parece-me uma manobra de diversão, todo o relevo atribuído às presendiciais de forma a reduzir as autárquicas a um problema de menor dimensão; desviem-se as atenções do que está a acontecer no presente para que se não notem os erros inerentes à actualidade. Embarca tudo a ver quem apresenta melhores números lúdicos relativamente a um tema distante no tempo e que certamente sofrerá ainda significativas alterações. Quando será que se vão fazer as declarações necessárias para esclarecer o povo de quem vão ser os candidatos às suas autarquias? Talvez 15 dias antes das eleições, porque assim já não haverá contradizeres da crítica!

Tomando de novo o tema da presidência, nota-se que não havendo candidatos com a apreciação inequívoca das massas, talvez estejamos perante um esgotamento de personalidades políticas com as características do padrão adoptado nos últimos 30 anos para o cargo. Os que se dizem candidatos a candidatos, foram rebuscados do fundo do baú, cheiram a mofo... Se assim é, ainda bem, falta agora a renovação dessas personalidades, penso que até ao fim do ano ainda vai ser parido um potencial candidato que venha revigorar a partir do topo toda a classe política! Espero eu que sim...

terça-feira, julho 26, 2005

A importância do Protocolo

Na consequência deste texto no Limite, despertou-me a necessidade para que se aprofundasse a questão ambiental que se associa e que é em parte consequência da política invasora do sr. Bush e restantes compinchas. Trata-se da questão do desenvolvimento sustentável, que ultimamente está um pouco descolorada face a outros acontecimentos a nível mundial.
Para já, o senhor Bush ficará de parte, visto que só se lhe pode atribuir ignorância perante a não ratificação do Protocolo de Quioto. Portanto, se não respeita os níveis de emissões de gases com efeitos de estufa nunca será também um agente de relevo no progresso humanitário rumo a um desenvolvimento sustentável da comunidade mundial.

Em 1992 a CQNUAC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas), decorreu na cimeira da terra no Rio de Janeiro. A convenção foi ratificada em 1994 pela Comissão Europeia, e tinha o objectivo de se estabilizarem as emissões dos gases com efeito de estufa, tendo em consideração que estes teriam uma grave interferência antropogénica ao nível das alterações climáticas. Assumiu-se o objectivo de repor até 2000 os níveis existentes em 1990.
A CQNUAC introduziu o sentido de responsabilidade comum e diferenciada, relativamente às alterações climáticas. Embora todos os países tivessem responsabilidade e deveres a cumprir quanto à redução das emissões, havia uma clara incidência de causa sobre um grupo de países com determinados modelos de desenvolvimento, onde se incluíam obviamente os EUA.
O Protocolo de Quioto, adoptado em Dezembro de 1997 pelos países que participaram na Conferência das Partes da CQNUAC, veio acrescentar maior exigência nos compromissos estabelecidos na anterior convenção. O protocolo foi ratificado pelos países membros das Nações Unidas, com excepção dos EUA, em Maio de 2002. É vinculada assim a redução de emissões de gases com efeito de estufa, fixando um compromisso entre os países desenvolvidos, esperando-se que o impacto destas medidas se fizesse sentir a nível global. Estabeleceu-se um equilíbrio entre os vários países, concluindo-se que uns teriam que reduzir os seus níveis de emissões enquanto outros poderiam ainda aumentar esses níveis. Portugal por exemplo, comprometeu-se a um aumento de 27% nas emissões entre 2008 e 2010 relativamente às emissões de 1990.
Surge em 2005 o comércio de emissões como instrumento de transacção, depois de em 2004 se ter conseguido o acordão, necessário para atingir os 55% das emissões do planeta serem de responsabilidade dos países que ratificaram no seu conjunto.

As florestas foram reconhecidas como sumidouros e reservatórios de Carbono, constituindo um importante ponto de debate no ciclo global de Carbono e nos impactes das alterações climáticas. No entanto, por serem muito escassos os dados sobre o papel das florestas relativamente ao seu contributo no ciclo do Carbono, a União Europeia decidiu não contabilizar a florestação como atenuante aos níveis das emissões, aumentando assim o rigor sobre as reduções. Os EUA não poderiam deixar de discordar com esta decisão consciente por parte da União; é que se pudessem florestar o território geograficamente vasto que delimita as fronteiras Norte-Americanas, até teriam talvez ratificado o protocolo visto não serem depois obrigados a um esforço activo e a uma redução líquida das emissões, por estarem salvaguardados pela enorme área de sumidouros de Carbono. Eles são muito espertos mas curtos de inteligência.

Relativamente ao Desenvolvimento Sustentável:

"A exploração da biosfera pelo Homem ameaça hoje a sua própria existência e delicado equilíbrio. Ao longo das últimas décadas, as pressões sobre o ambiente global tornaram-se auto-evidentes, fazendo erguer uma voz comum pelo desenvolvimento sustentável… nós temos que aprender a cuidar das necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de em qualquer parte satisfazerem as suas próprias necessidades.
A consciência está aí. O que falta é uma estratégia compreensível para construir um futuro sustentável equitativo para todos os seres humanos, como foi sublinhado pela Conferência do Rio em 1992. Essa estratégia requer um novo enquadramento mental e novos conjuntos de valores.
A educação é essencial à promoção de tais valores e para aumentar as capacidades das pessoas de enfrentar as questões ambientais e de desenvolvimento. A educação a todos os níveis, especialmente a educação universitária para a formação de decisores e professores, deve ser orientada para o desenvolvimento sustentável e forjar atitudes, padrões de capacidade e comportamento ambientalmente conscientes, tal como um sentido de responsabilidade ética. A educação tem que se tornar educação ambiental no sentido mais lato do termo."

Este texto retirado da página de uma organização que impulsiona a consciência educacional para um desenvolvimento sustentável, abre caminho para várias questões de ordem ambiental, energética, económico-social, cultural, etc.. Para além da protecção e salvação do planeta partindo do controle da destruição do escudo protector (camada de ozono) da estrela vizinha, há que posteriormente saber cuidar do que é nosso, de todos, e não de quem se considera líder planetário sem sequer ter lucidez para proteger a sua maior fonte de fortuna, o planeta. A educação ambiental será no futuro uma arma de preservação da vida. Esta é a evolução resultante da má conduta das civilizações modernas. Já que existem soluções de ‘cura’ apliquem-se pelo princípio e dê-se continuidade ao tratamento, permitindo a inversão da destruição da casa de todos nós.
Voltando ao sr. Bush, analisando os seus ideais de 'fazer render' o petróleo ignorando as medidas tomadas pelo resto do mundo, comprova-se a sua falta de ética. A sua política deixa medidas e soluções urgentes na gaveta para explorar cegamente um recurso energético não renovável e cuja utilização vai contra as correntes actuais do pensamento científico. Como se não bastasse, os seus compinchas alinham nos seus planos, talvez por cobardia talvez por interesses milionários...É certo que são todos parte da mesma corja de abutres. Escondem das massas as soluções mais pródigas, levando as suas políticas económicas doentias avante. Quando caírem o embate vai demorar, mas vai ser forte!

Nos próximos dias farei a análise das políticas energéticas a nível global tal como tentarei relatar a posição de Portugal relativamente ao cumprimento do Protocolo de Quioto.

quinta-feira, julho 21, 2005

Revolução

Desde o século XIX, por altura da 1ª Revolução Industrial, que o Capital surgiu com força de expressão em todos os domínios do sistema.
O trabalho humano passou a ser remunerado pelo seu valor enquanto parte de um processo de produção, produção essa também valorizada. O equilíbrio entre esses valores era possível devido à existência de tecnologia que permitia uma produção susceptível de criar só por si novos valores (capital). E assim se constituía uma trilogia de relações entre mão de obra, produtos e lucros.
Logo desde o início se revelaram as hipóteses do mecanismo de produção capitalista sofrer uma má evolução por parte dos seus agentes, mas contudo anunciava também a possibilidade de permitir a igualdade e a desintegração de classes, dando lugar a estatutos individuais constituintes de um colectivo.
Tendo sempre em conta que se uma economia adopta uma dinâmica capitalista, todas as economias próximas se tornarão também em economias com a mesma direcção do capital, a globalização é realmente um conceito de desenvolvimento à partida sustentável e auto-suficiente, pelo menos teoricamente.
O desrespeito, desconhecimento ou ignorar das leis do capitalismo, é a raiz da negativa evolução sofrida pela economia de capital no que diz respeito aos seus agentes. Mas, na minha opinião desagrada também o facto da classe operária, que é também um agente económico, nunca ter tido ao longo de quase século e meio de história, poder de decisão directa sobre as condições em que participariam no processo de evolução.
Consequência das duas anomalias anteriormente referidas, é o estado económico mundial...reduz-se a 8 grupos todos da mesma classe.
A globalização é agora destorcida relativamente à sua forma inicial. Em vez de distribuir por todos um quociente equalitário de valores, subtrai os valores de todos menos alguns, de modo a garantir poder supremo desses poucos alguns, que detêm assim o controle mais ou menos constante das massas globais.
Contudo uma grande parte da população não é conhecedora da estrutura, nem dos ideais capitalistas modernos por parte da classe política.Outros acreditam nesses ideais, por seguirem religiosamente as informações incontestáveis, disponibilizadas e manipuladas pelo poder político. Cito Marx em .'O Capital' : "Perseu servia-se de um elmo de bruma para a perseguição de monstros. Nós enfiamos profundamente o elmo de bruma sobre os olhos e os ouvidos para podermos negar a existência dos monstros."

A reacção é demonstrada pelos que não acreditam que o sistema está bem concebido, que percebem o furto massivo, que não se imobilizam ao poder das injustiças.
A palavra é o princípio da mensagem, falada ou escrita, ela forma correntes. Já anteriormente vimos revoluções provocadas por correntes mais curtas e brandas que as actuais, embora o 'monstro' seja também agora muito maior.

O automóvel, despertou mais um luxo e prazer na vida dos cidadãos...e foi também fonte de exploração e ainda o é.
Finalmente aparece o computador, a 3ª revolução na indústria, e a aceleração da evolução aumenta.
Desta vez, a comunicação torna-se comunitária a nível global, uma ferramenta de combate ao que está mal construído, um catalizador da evolução das consciências dos que não se dão conta da prisão em que vivem. Uma porta aberta para a revolução e para a inversão na conduta dos agentes político-económicos.

Todo o poder global tem de ser desmantelado e redistribuído. Só será possível se a corrente se completar e todos os elos se fecharem às imposições no nosso modo de vida, ditadas por insanos mentais que não evoluíram de modo a conseguirem que a globalização fosse aceite por todos.
Na forma em se nos apresenta, a globalização não é aceite por ninguém que pense sobre: o que é o ser humano/indivíduo.

quarta-feira, julho 20, 2005

A era do betão

Atravessamo-la ainda, tem contribuído para a desaproximação da boa evolução relativamente às necessidades mais urgentes e que são do interesse de todos, não fazendo qualquer distinção de classes.
Embora o betão seja um grande núcleo de investimento credível, confronta-se agora com uma certa inadequação face aos níveis financeiros que comporta e às necessidades de procura das infraestruturas, por parte de consumidores com pouco poder de compra.

A construcção desenfreada em zonas sub-urbanas, atinge no novo século as próximidades do seu limite, tal como um enorme desequílibrio na sua distribuição geográfica e social.

Os edifícios antigos, que revelam o nosso património e têm valor histórico, são muitos demolidos para darem lugar a modernos e actuais, embora não sofisticados edifícios que são colocados no mercado de modo a renderem de mãos em mãos poderosas. Este é um caso que me preocupa, porque sou a favor da remodelação e manutenção do património histórico tendo por objectivo a sua reintegração nos agregados de habitação. Este tipo de acção tem potenciais de preservação do conhecimento adquirido pelos antepassados, permitindo simultaneamente o desenvolvimento de tecnologias actuais, baseadas no desenvolvimento medido em eficiência e rentabilidade e não em lucros.

segunda-feira, julho 18, 2005

Episódio selvagem, ilustrativo da posta ' Seguro contra todos'

Isto não muda nada há 31 anos!

Manifesto uma forte indignação relativamente ao ponto a que chegámos. Todos conseguem já reconhecer que a democracia portuguesa é uma fraude social. Que a democracia não nasceu em 1974, ficou na incubadora e daí nunca teve pernas para saír, porque os socialistas escolheram manter um regime disfarçado de exploração dos cidadãos comuns, em que se dá a liberdade de expressão mas se continuam a reter os direitos sociais dentro dos limites da antiga senhora, mas desta vez em substituição das receitas coloniais deparamo-nos com sucessivas violações dos direitos dos cidadãos como forma de promover o bem estar de alguns poucos. Os subsídios que nos foram concedidos tendo em vista o nosso desenvolvimento económico, encheram os tachos de quem podia ter acesso a esses mesmos subsídios. A formação dos cidadãos deste país, e o investimento industrial e agrícola serviram de fachada na altura ao previsto desenvolvimento. Foi possível camuflar esses joguinhos de interesses dentro das malhas do capital durante muito tempo, mas agora olhando para os países que se encontravam na mesma linha de desenvolvimento que Portugal na altura (Grécia e Irlanda mais flagrantemente analisando), não há argumentos que justifiquem os crimes sociais que têm vindo a ser cometidos inclusive por quem teria o dever de fiscalizar e orientar essas verbas que têm vindo a ser desviadas em prol do desenvolvimento individual dos interesses de alguns.
A mais recente calúnia que nem é assim tão recente porque no dia 8 de Junho foi publicada aqui esta posta acerca desta flagrante roubalheira desenfreada praticada à responsabilidade deste senhor que se farta de opinar sobre a situação lamentável da nossa economia. O Dr. Vítor Constâncio que se deixe de hipocrisía e fique caladinho e sossegado que é o melhor que tem a fazer pelo seu próprio bem estar e de todos nós.
A mudança é possível embora a grande maioria se acomode às situações e consinta que não há nada a fazer...o que só cria mais uma barreira à solução dos problemas.
Outros há que apontam soluções e critícam certas situações de maior influência no estado da situação, mas que infelizmente não falam nos telejornais, porque aí só falam práticamente os 'encomendados'.
Um orador atento da blogosfera refere a importância do bom funcionamento das instituições públicas como pilar e ponto de partida para a resolução de outros problemas que desse mesmo mau funcionamento advêm. Na minha opinião, e acreditando que essa é realmente uma questão de elvada importância acrescento contudo que é um problema muito complicado a regularização dos serviços públicos. Isto porque se confirma um desleixo no funcionamento dos serviços que tem como cerne a não renovação de quadros públicos, aparentando às vezes até uma certa tendência para acabar com muitos desses organismos através do envelhecimento dos quadros e da sua não renovação. Ficamos assim numa situação em que teremos de recorrer cada vez mais ao serviço privado quando já houve possibilidades de se ser autónomo a nível dos serviços públicos que vão deixando de o ser. Aquilo que os senhores não conseguem vender (privatizar) deixam 'morrer' e muitas vezes tendo em vista a substituição desses serviços por empreitadas fretadas às empresas privadas às quais não são estranhos, sendo por vezes até proprietários...É uma forma de roubar os cidadãos de uma forma aparentemente sem erros democráticos, mas muito utilizada por governantes e empresários. Por tudo isto acentúo e sublinho a importância dos desastres de gestão dos serviços públicos e empresas do estado.
Uma questão que tenho visto pouco debatida, o que até pode levar muitos a pensar que realmente não tem importância alguma, é a dos recursos energéticos. Cada vez mais seremos dependentes energéticamente pelo rumo que levam as coisas nesse campo. Chega-se ao cúmulo de se querer construir e implementar novos recursos energéticos e não haver mão de obra à altura, isto num país onde o desemprego tem sido exponencial. Este tipo de situação é resultado da questão abordada anteriormente nesta posta, a formação profissional dos cidadãos teria sido um investimento a médio prazo, principalmente na área das novas tecnologias...É por isso que não há serralheiros nem soldadores que se amanhem a trabalhar na construção nacional de torres eólicas, o que poderá levar os investidores desses projectos de alto valor para a independência energética, a transferirem os seus negócios para o estrangeiro.
Há que agarrar as oportunidades de mudança...

sexta-feira, julho 15, 2005

Factor C

Há gente que não está a par da situação do mercado de trabalho, não envia currículos, não concorre, não se interessa e depois vem e tal e consegue...um bom emprego...que outros se pelam para conseguir. Isto só é possível através do conhecido factor C.
E é também por este tipo de situações que temos no nosso país responsáveis de altos cargos que não têm conpetência para os ocuparem, porque não batalharam para estarem onde estão, nasceram apenas com o cu virado para a lua, porque são primos, ou irmãos, ou sobrinhos, ou afilhados, etc.!!!

Seguro contra todos

" Não vivemos numa sociedade, vivemos numa selva ", dizia ontem um senhor muito revoltado, isto porque há indivíduos que circulam nas auto-estradas a velocidades da ordem dos 200Km/h e não apresentam qualquer sinal de serem seres humanos evoluídos ou com um mínimo de sentido de ética, são uns selvagens, não vivemos numa sociedade mas sim numa selva.
Realmente existem os seguros, de todos os tipos, garantem a isenção de culpa em muitos casos em que os culpados o são. Se matar alguém fora de uma passadeira só porque vou depressa demais, senão houver testemhunhas e tiver um bom seguro contra todos, estou safo e não fiz nada de mal, posso dormir descansado. Parti o carro do outro e matei o seu único filho, mas não serei condenado nem terei que pagar nada porque ele estava parado no sinal verde acabado de abrir e eu tenho o meu seguro contra todos...
Enfim a falta de educação a todos os níveis, a falta de ética e a ignorância que nos acompanham não nos permitem dizer que vivemos em sociedade, vivemos perante a lei do mais forte, aquele que tem mais meios para se defender é o que tem a razão do seu lado, é aquele que vence, é como na selva!
O sistema tem que formar e informar melhor os cidadãos selvagens deste país, não digo que tenha de informar mais porque a informação já é demais, o problema é a falta de qualidade da informação disponível. Quase não vejo televisão, mas sei que 90% da informação transmitida não tem qualquer utilidade no progresso e boa conduta dos cidadãos. Se tivessemos governantes bem formados, os meios de comunicação do estado poderiam ter um papel activo no bom funcionamento da sociedade a nível ético e educativo. Em vez disso vemos os patetas ignorantes cegos de visão lateral a promover o consumismo e a ignorância dos demais de modo a tornarem as nossas mentes em depósitos de pensamentos fúteis, garantindo assim o entretenimento das massas e desviando as atenções da trágica realidade em que vivemos.
Existe uma rede de gente assim que nos governa, e enquanto não for rompida essa rede, ignorantes sucederão a ignorantes e cada vez haverá mais ignorantes.
Apelo a todos que tenham bem presentes estes factos e que os transmitam de forma séria a todos, principalmente às gerações mais novas porque eles são o futuro da presente selva.

Talvez um dia consigamos experienciar a vivência em sociedade!

Rebentamento de caixa de derivação de electricidade

Esta manhã entre as 9 e as 10 horas rebentou uma caixa de derivação de electricidade na Avenida de Roma junto à ponte da linha de comboio. Estas caixas denominam-se PTs e há uns 10 anos atrás o rebentamento de uma destas caixas na Avenida do Brasil mesmo em frente ao hospital Júlio de Matos vitimou mortalmente uma senhora que trabalhava num quiosque de jornais que ainda hoje ali existe. Desta vez parece que não houve quaisquer vítimas.
Ao que parece estas caixas antigamente eram isoladas com banho de óleo para evitar infiltrações de água, hoje em dia o avanço tecnológico permite isolamentos a seco. A EDP comprometeu-se a substituir todos os sistemas pelo facto de os sistemas isolados com banho de óleo apresentarem perigo de rebentamento por combustão do banho de óleo quando na presença de altas temperaturas. Pelos vistos esqueceram-se de substituir algumas ou talvez não, mas é uma hipótese. Vamos aguardar por notícias nos meios de comunicação e respectivas explicações para o sucedido, se é que as vai haver.

terça-feira, julho 12, 2005

O Fogo que nos consome

Não mais que um fósforo e umas quantas latas de gasolina para fazer render ao máximo em termos financeiros uma mata de pinheiros. Estão assim definidas as nossas leis. É que o preço de um pinheiro é pouco superior ao valor da indemnização recebida pela perda desse mesmo pinheiro por acidente florestal (incêndio). Ora para se venderem pinheiros é necessário cortálos primeiro, a mão de obra não é grátis, fazendo as contas rápidamente se resolve a melhor opção financeira.
E assim enquanto noutros países as cheias acontecem, no nosso, alguns enchem os bolsos enquanto outros (a maioria) queixa-se da falta de água que se explica com a acelerada desflorestação dos nossos recursos. Era já altura do governo ser menos benevolente relativamente às ditas indemnizações criadas pela senhora Ferreira Leite há uns anos. Corrijam-me se estou errado, mas esta é a explicação mais plausível que encontro para a dimensão e número dos casos de incêndio dos últimos anos.

Eis a questão


Eu acredito na liberdade, mas que a liberdade seja bem entendida também.
Porque aconteceram os atentados de Londres? Eis uma questão a que desafio os leitores a darem a sua resposta/opinião. Qual o objectivo, e qual a organização responsável? Já agora quais os motivos, quais os resultados e consequências?

Só para nos rirmos...como quem chora, depois de se debruçarem sobre o assunto consultem esta colheita ,a qual tomei a liberdade de divulgar aqui com o devido respeito pelo autor da pesquisa.