quarta-feira, julho 20, 2005

A era do betão

Atravessamo-la ainda, tem contribuído para a desaproximação da boa evolução relativamente às necessidades mais urgentes e que são do interesse de todos, não fazendo qualquer distinção de classes.
Embora o betão seja um grande núcleo de investimento credível, confronta-se agora com uma certa inadequação face aos níveis financeiros que comporta e às necessidades de procura das infraestruturas, por parte de consumidores com pouco poder de compra.

A construcção desenfreada em zonas sub-urbanas, atinge no novo século as próximidades do seu limite, tal como um enorme desequílibrio na sua distribuição geográfica e social.

Os edifícios antigos, que revelam o nosso património e têm valor histórico, são muitos demolidos para darem lugar a modernos e actuais, embora não sofisticados edifícios que são colocados no mercado de modo a renderem de mãos em mãos poderosas. Este é um caso que me preocupa, porque sou a favor da remodelação e manutenção do património histórico tendo por objectivo a sua reintegração nos agregados de habitação. Este tipo de acção tem potenciais de preservação do conhecimento adquirido pelos antepassados, permitindo simultaneamente o desenvolvimento de tecnologias actuais, baseadas no desenvolvimento medido em eficiência e rentabilidade e não em lucros.