quinta-feira, julho 21, 2005

Revolução

Desde o século XIX, por altura da 1ª Revolução Industrial, que o Capital surgiu com força de expressão em todos os domínios do sistema.
O trabalho humano passou a ser remunerado pelo seu valor enquanto parte de um processo de produção, produção essa também valorizada. O equilíbrio entre esses valores era possível devido à existência de tecnologia que permitia uma produção susceptível de criar só por si novos valores (capital). E assim se constituía uma trilogia de relações entre mão de obra, produtos e lucros.
Logo desde o início se revelaram as hipóteses do mecanismo de produção capitalista sofrer uma má evolução por parte dos seus agentes, mas contudo anunciava também a possibilidade de permitir a igualdade e a desintegração de classes, dando lugar a estatutos individuais constituintes de um colectivo.
Tendo sempre em conta que se uma economia adopta uma dinâmica capitalista, todas as economias próximas se tornarão também em economias com a mesma direcção do capital, a globalização é realmente um conceito de desenvolvimento à partida sustentável e auto-suficiente, pelo menos teoricamente.
O desrespeito, desconhecimento ou ignorar das leis do capitalismo, é a raiz da negativa evolução sofrida pela economia de capital no que diz respeito aos seus agentes. Mas, na minha opinião desagrada também o facto da classe operária, que é também um agente económico, nunca ter tido ao longo de quase século e meio de história, poder de decisão directa sobre as condições em que participariam no processo de evolução.
Consequência das duas anomalias anteriormente referidas, é o estado económico mundial...reduz-se a 8 grupos todos da mesma classe.
A globalização é agora destorcida relativamente à sua forma inicial. Em vez de distribuir por todos um quociente equalitário de valores, subtrai os valores de todos menos alguns, de modo a garantir poder supremo desses poucos alguns, que detêm assim o controle mais ou menos constante das massas globais.
Contudo uma grande parte da população não é conhecedora da estrutura, nem dos ideais capitalistas modernos por parte da classe política.Outros acreditam nesses ideais, por seguirem religiosamente as informações incontestáveis, disponibilizadas e manipuladas pelo poder político. Cito Marx em .'O Capital' : "Perseu servia-se de um elmo de bruma para a perseguição de monstros. Nós enfiamos profundamente o elmo de bruma sobre os olhos e os ouvidos para podermos negar a existência dos monstros."

A reacção é demonstrada pelos que não acreditam que o sistema está bem concebido, que percebem o furto massivo, que não se imobilizam ao poder das injustiças.
A palavra é o princípio da mensagem, falada ou escrita, ela forma correntes. Já anteriormente vimos revoluções provocadas por correntes mais curtas e brandas que as actuais, embora o 'monstro' seja também agora muito maior.

O automóvel, despertou mais um luxo e prazer na vida dos cidadãos...e foi também fonte de exploração e ainda o é.
Finalmente aparece o computador, a 3ª revolução na indústria, e a aceleração da evolução aumenta.
Desta vez, a comunicação torna-se comunitária a nível global, uma ferramenta de combate ao que está mal construído, um catalizador da evolução das consciências dos que não se dão conta da prisão em que vivem. Uma porta aberta para a revolução e para a inversão na conduta dos agentes político-económicos.

Todo o poder global tem de ser desmantelado e redistribuído. Só será possível se a corrente se completar e todos os elos se fecharem às imposições no nosso modo de vida, ditadas por insanos mentais que não evoluíram de modo a conseguirem que a globalização fosse aceite por todos.
Na forma em se nos apresenta, a globalização não é aceite por ninguém que pense sobre: o que é o ser humano/indivíduo.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sim concordo contigo, que todo o poder global tem de ser desmantelado e redistribuído.

Levará tempo, mas um dia poderemos assistir ao que queremos para o mundo.
Está nas nossas mãos lutar.

11:17 da manhã  
Blogger Diogo said...

A globalização que se pretende é muito mais sinistra. Eis a opinião de um professor canadiano

Segundo Chossudovsky, a denominada “guerra ao terrorismo” é uma fabricação completa baseada na ilusão de que um homem, Osama bin Laden, conseguiu ludibriar o aparelho de informações norte-americano que possui um orçamento de 30 mil milhões de dólares.

A “guerra ao terrorismo”é uma guerra de conquista. A globalização é a marcha final para a “Nova Ordem Mundial”, dominada por Wall Street e pelo complexo militar-industrial americano.

O 11 de Setembro de 2001 foi o momento que a administração Bush aguardava, a denominada “crise útil” que forneceu um pretexto para empreender uma guerra sem fronteiras.

A estratégia americana consiste em estender as fronteiras do Império Americano de modo a facultar o controlo completo por parte das grandes corporações americanas, enquanto instala na América as instituições de um estado securitário.

Chossudovsky revela um enorme embuste – Uma complexa teia de logros com o objectivo de defraudar o povo americano e o resto do mundo no sentido de aceitarem uma solução militar que ameaça o futuro da humanidade.

Milhões de pessoas têm sido enganadas em relação às causas e consequências do 11 de Setembro. Quando pessoas nos Estados Unidos e no Mundo descobrirem que a Al-Qaeda não é um inimigo externo mas uma criação da política externa norte-americana e da CIA, a legitimidade da guerra desmoronar-se-á como um castelo de cartas.

Através do país, a imagem de um “inimigo externo”, é instilado na consciência dos americanos. A Al-Qaeda está a ameaçar a América e o mundo. A anulação da democracia sob a legislação «Patriot» é apresentada como um meio de proporcionar “segurança doméstica” e sustentar as liberdades civis

12:57 da tarde  

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